segunda-feira, 27 de junho de 2011

Hoje você vai dormir na sala!!!







Todos sabemos que o sono consome cerca de um terço do nosso tempo diário. Se pensarmos em termos evolutivos, não será difícil chegar à conclusão que, se a natureza nos impõe este longo tempo de quase total inatividade  - que no passado deve ter significado um tempo de vulnerabilidade à ação de predadores - , é por que este tempo deve trazer benefícios tão consideráveis para o organismo como a própria alimentação.
Entretanto, o excesso de estímulos da vida contemporânea, principalmente nos grandes centros urbanos, têm levado as pessoas a minimizarem a importância do sono para as suas vidas, diminuindo significativamente o tempo e/ou a qualidade deste.
Em relação aos sujeitos ainda em formação, mais especificamente às crianças e adolescentes em idade escolar, essa negligência com a necessidade de dormir bem e bastante gera visíveis problemas de desempenho escolar. Problemas estes que, infellizmente, não costumam ser relacionados por pais e professores como sendo resultantes de um sono insuficiente ou de má qualidade.
Os pais, aliás, devem atuar firmemente em relação ao tempo dedicado ao sono, estabelecendo um horário limite, para que seus filhos se deitem, não permitindo que esses possam ficar até tarde realizando qualquer que seja a atividade. A organização dos horários dedicados às tarefas é fundamental nesse sentido, para que as crianças e adolescentes não cheguem ao final do dia com atividades pendentes que poderiam ter sido realizadas na parte da manhã ou da tarde.
Quanto á qualidade do sono, pode-se ver nos vídeos que a alimentação à noite tem a sua contribuição. Deve-se evitar o excesso de líquidos e os alimentos que contém substâncias estimulantes. Os pais devem, também, ficar atentos ao ronco dos seus filhos, que acontece com relativa frequencia na infância e adolescência e tem impacto negativo tanto nas funções cognitivas quanto no próprio comportamento. Caso detectem esse problema, é sempre recomendável buscar um especialista, para evitar consequências mais desastrosas para o desenvolvimento em geral e para o desempenho escolar em particular.




sexta-feira, 28 de maio de 2010

O poder do cérebro!

Eu, particularmente, gosto muito deste documentário. Já utilizei várias vezes em sala de aula, para mostrar aos alunos a importância de prestarmos atenção à centralidade deste órgão que a evolução tratou de aperfeiçoar para nós: o cérebro.
Nos cinco vídeos aqui postados, veremos assuntos como a evolução do cérebro, sua composição, os efeitos do álcool, o controle motor, a percepção, classificação, memória, educação, sociabilidade e consciência. Todos eles abordados de maneira didática e com a qualidade de produção típica dos documentários da BBC.
Senhoras e Senhores, com vocês, Robert Winston!!!










Para ler:

         

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Formação de memória.

Quando alguém fala a palavra memória no meio educacional, quase sempre outro alguém "ouve" a palavra decoreba. Essa relação, fruto de uma prática muito mais frequente num passado não muito distante, que concebia a aprendizagem como uma repetição literal dos conteúdos escolares, fez com que os educadores se afastassem do estudo de uma função psicológica que tem uma estreita relação com o processo de aprendizagem, confundindo-se com este em muitos aspectos.
Felizmente, com a popularização das chamadas neurociências e sua penetração no campo da educação escolar, temos nos dado conta da importância de conhecermos a estrutura e o funcionamento da memória para tomarmos as melhores decisões quando tivermos que ajudar alguém a aprender de maneira significativa e duradoura.


Excelente introdução ao campo dos estudos sobre memória, escrito por um dos maiores especiallistas no assunto, o professor Alan Baddeley, e mais dois colaboradores.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O que é neurociência?

O vídeo é autoexplicativo:


Para saber mais sobre neurociências, de uma maneira leve e divertida, apresento alguns livros da Suzana Herculano Houzel:



 

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O cérebro


Áreas do cérebro


Penso que não cabe mais à Psicologia se posicionar de maneira dicotômica e extremista diante dos principais fatores constituintes do comportamento humano: o meio ou a herança genética; o corpo ou a alma; o cérebro ou a mente.
O acúmulo de conhecimentos da Psicologia, que ainda se considera uma ciência jovem, já é suficiente para que possamos olhar para o ser humano e a sua subjetividade como algo complexo e multideterminado.
Seguindo esta linha de raciocínio, não seria coerente negar as contribuições dos outros campos do saber que abordam, direta ou indiretamente, o nosso comportamento. Os avanços das neurociências, impulsionados pelo desenvolvimento de técnicas cada vez mais sofisticadas de acesso ao funcionamento cerebral, têm trazido grandes contribuições para a ciência psicológica.
Conhecer o cérebro humano, suas possibilidades e limitações, é, portanto, condição absolutamente necessária para quem lida, de uma forma ou de outra, com a educação, pois este órgão é a sede das nossas aprendizagens, das mais simples às mais complexas, das que são realizadas informalmente, até aquelas tipicamente escolares. Sendo condição necessária, contudo, não significa que seja suficiente, como podem pensar algus neurocientistas. Sendo assim, a psicologia ainda detém um lugar privilegiado na produção de conhecimentos sobre nossa subjetividade.
Os três vídeos que compões o documentário postado abaixo são bastante didáticos e ilustrativos para aqueles que estão tendo um primeiro contato com os estudos sobre o cérebro humano.









Parte superior do cérebro.

Dissecando o cérebro.













Tenha em mente:


Evolução do Cérebro


Nosso cérebro é uma impressionante estrutura cuja engenharia foi sendo desenvolvida ao longo de bilhões de anos, por meio dos mecanismos que orientam a evolução filogenética. Podemos dizer, talvez de forma mais literária do que propriamente científica, que este órgão foi sendo testado e aperfeiçoado em outros organismos mais simples, até poder servir bem ao gênero Homo.
Na medida em que passa a "equipar" os nossos ancenstrais mais semelhantes, ou seja, os primatas com postura ereta e, portanto, locomoção bípede, o cérebro passa a preparar aquelas habilidades tipicamente humanas, as quais sofrem influência direta da cultura.
Conhecer a evolução do cérebro, portanto, se faz necessário para uma melhor compreensão daqueles comportamentos tipicamente humanos, aqueles que não compartilhamos com nenhuma outra espécie de animal. 




Evolua: